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As hemorroidas são vasos de sangue que fazem parte da anatomia do ânus e do canal anal de qualquer pessoa. Possui funções na sensibilidade e na continência das fezes.

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A doença hemorroidária surge quando ocorrem os sintomas, por consequência da dilatação e frouxidão das hemorroidas.

Isso pode ocorrer devido a faixa etária, constipação crônica, esforço evacuatório prolongado, disfunções do assoalho pélvico, gestação

  • constipação;

  • obesidade;

  • gestação;

  • idade;

  • incontinência (fraqueza da musculatura);

  • esforço na evacuação.

O consumo de álcool, alimentos picantes, condimentados ou tabagismo podem agravar os sintomas, mas não temos estudos que consigam provar alimentos causadores.

O sintoma mais comum das hemorroidas é o sangramento, que pode ser visto no papel higiênico ou no vaso sanitário.

Outra queixa frequente é o prolapso (ou seja, quando a hemorroida sai do ânus), e que pode precisar ser re-introduzida manualmente.

A dor só está presente na doença hemorroidaria quando ocorrem complicações, por exemplo trombose ou úlcera.

O diagnóstico da doença hemorroidaria é feito somente após avaliação médica em consultório.

O exame proctológico completo incluindo a Anuscopia é fundamental.

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  • I – são aumentadas e podem sangrar

  • II – apresentam-se para fora do canal anal na evacuação e retornam espontaneamente

  • III – projetam-se para fora do canal anal e é necessário redução manual para retornar

  • IV – estão constantemente para fora do canal anal, são irredutíveis.

O tratamento pode ser dividido em tratamento clínico, tratamento ambulatorial e tratamento cirúrgico.

A escolha da terapêutica vai depender da intensidade dos sintomas do paciente e a preferência que deve ser escolhida juntamente com o seu médico coloproctologista.

Para todo paciente com doença hemorroidária, é importante orientar hábitos de vida para um melhor funcionamento intestinal.

Iniciamos orientando uma dieta rica em fibras (25g/dia para mulheres e 38g/dia para homens), associada a uma adequada ingestão de líquidos (mínimo 35ml/kg/dia, ou seja, para um paciente 60kg, 2100ml/dia).

Dessa forma, o resultado é um movimento intestinal suave, com mínimo esforço ao evacuar.

Para alguns, torna-se, ainda, necessário a associação de alguns remédios para ajudar na melhora da consistência das fezes.

Outras medidas clínicas incluem minimizar o tempo gasto no banheiro, evitar o uso do papel higiênico, banhos de assento e tratamentos tópicos.

No tratamento medicamentoso, temos variados agentes tópicos de venda livre, que associam agentes como vasoconstritores, anti-inflamatórios, anestésicos a protetores de barreira, além de medicações via oral como os flavonoides que aumentam o tônus vascular diminuindo o sangramento, a dor e o prurido.

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Manual do Tratamento da Hemorroida

Um guia completo para quem busca respostas sobre uma das doenças mais rodeadas de tabu.

A hemorroida.

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Alguns procedimentos minimamente invasivos podem ser realizados em regime ambulatorial.

​A ligadura elástica é um tratamento realizado para hemorróidas internas que consiste na colocação de um elástico no ápice da hemorróida, diminuindo o fluxo sanguíneo e o tamanho.

Pode haver dor, sangramento e retenção urinária.

Complicações são incomuns, mas podem ocorrer trombose, infecção, dor intensa e febre.

​Ela é eficaz para hemorróidas internas graus I, II e III, porém a longo prazo, 1/3 dos pacientes necessitam de novo tratamento.

A escleroterapia é um procedimento não tão eficaz quanto a ligadura elástica, principalmente, para hemorróidas internas grau III, mas é uma boa opção para pacientes em anticoagulação, já que o risco de sangramento é mínimo.​

Realiza-se a injeção de agentes esclerosantes no ápice da hemorróida, levando a formação de cicatriz e fibrose. Pode haver complicações como infecção, dor, abscesso, retenção urinária.

Fotocoagulação com infravermelho pode ser utilizada para tratar hemorróidas internas, levando a cicatriz e fibrose local.​

É realizado a aplicação da radiação infravermelha 3 a 4x em cada hemorróida. Ela é eficaz para tratar o sangramento, porém pouco eficiente para o prolapso.​

Complicações são raras, mas pode acontecer dor e sangramento.

Indicado para pacientes com falha no tratamento clínico ou persistência dos sintomas mesmo se submetidos a procedimentos minimamente invasivos.

A hemorroidectomia excisional apresenta excelentes resultados, com mínimas taxas de recorrência e poucas complicações, podendo tratar múltiplas hemorroidas ao mesmo tempo, desde que mantenha pontes de tecido entre elas.

No entanto, está associada a maior dor pós-operatória. Essa cirurgia é realizada em ambiente hospitalar, com o uso de anestesia ( raquianestesia, anestesia geral ou sedação + anestesia local).

Ao ressecar a hemorróida, pode-se deixar a ferida aberta ou fechada com pontos de sutura.

As complicações podem ser retenção urinária, sangramento, estenose, infecção e incontinência.

A hemorroidopexia com o grampeador é indicada para hemorróidas internas grau II e III.

Ao realizar o grampeamento, retiramos uma faixa circunferencial de hemorroidas internas de uma forma que as hemorróidas residuais são puxadas para o canal anal e diminuem de tamanho devido à diminuição do suprimento sanguíneo.

Como o procedimento é realizado internamente no canal anal, a dor pós-operatória é menor.

Algumas complicações são perfurção retal, dor persistente, infecção, fistula retovaginal e obstrução.

No THD (desarterialização hemorroidária transanal) é realizado ligadura das artérias que alimentam as hemorróidas com a ajuda de um ultrassom doppler para identificação dessas artérias.

É uma técnica com menor dor pós-operatória e com taxas de recorrência 8-11%.

O tratamento clínico pode deixar a doença hemorroidária assintomática, ou seja, o paciente vai permanecer com as hemorroidas, porém elas não causarão mais sintomas.

Já o tratamento cirúrgico excisional, promove a ressecção da hemorroida que aliado a manutenção de bons hábitos alimentares e intestinais, pode levar a cura definitiva.

Não. A doença hemorroidária é uma doença benigna.

No entanto, quando houver dúvida diagnóstica, a biópsia e/ou ressecção da lesão torna-se necessária para esclarecimento.

O médico especialista é o coloproctologista, especialidade que necessita de 6 anos de medicina, 2 anos de cirurgia geral e 2 anos de coloproctologia para a sua formação.

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