A retocele pode ser uma das causas de intestino preso nas mulheres.
Ela consiste em uma fraqueza do tecido que separa o ânus da vagina fazendo com que o reto dobre sobre ela durante o ato da evacuação.
Isso faz com que a mulher tenha que fazer muito mais força para evacuar.
As principais queixas são:
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sensação de entalamento;
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evacuação obstruída;
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evacuação incompleta;
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pressão no reto ou na vagina;
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bola na vagina;
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dor durante a relação sexual, etc.
Muitas vezes é preciso realizar manobras como afastar as nádegas, pressionar o períneo ou colocar o dedo na vagina para empurra-la para trás para conseguir evacuar.
Quando aparecem com tamanho muito pequeno podem ser totalmente assintomáticas.
Ela pode ocorrer principalmente devido idade, traumas em partos vaginais, histórico de constipação crônica e cirurgias ginecológicas (histerectomia/ endometriose).
O diagnóstico é feito com exame proctológico / ginecológico e pelo exame de defecografia que consiste em um raio x com contraste que consegue avaliar de forma dinâmica o mecanismo de evacuação.
O tratamento deve ser feito com suplementação de fibras e água na dieta e uso de laxativos orais, supositório e lavagens de reto dependendo da idade, intensidade dos sintomas e comorbidades da paciente.
O tratamento cirúrgico será indicado para mulheres muito sintomáticas e com retoceles muito volumosas ( > 4 cm ).
Ele pode ser feito pela vagina, pelo ânus ou pelo períneo (região entre as duas estruturas anteriores).
A melhora dos sintomas imediatamente após a cirurgia pode acontecer em 50-80% dos casos.
Porém, essa taxa pode diminuir com o passar dos anos .
Os riscos da cirurgia são: sagramento, abertura da ferida cirúrgica, infecções, dor durante relação sexual, etc.
Em caso de dúvidas, consulte um coloproctologista.