O HPV ou Papilomavírus Humano é um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, anal ou genital) e ele é considerado a causa etiológica mais comum de Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que provocam doença na região anogenital.
Mais de 40 tipos diferentes de HPV são descritos como potenciais infectantes genitais, entretanto alguns subtipos são mais prevalentes:
– HPV 6, 11, 16, 18, 26, 31, 33, 35, 53 e 66.
Estima-se que os indivíduos sexualmente ativos apresentam um risco de infecção ao redor de 50% durante a vida de se contaminar se não estiverem vacinados.
A infecção por HPV não gera sintomas na maior parte da população e normalmente é autolimitada.
Ela pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).
Entretanto, em pessoas com imunidade baixa, infecção associada com HIV ou gestantes ela pode apresentar algumas manifestações clínicas.
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Condiloma acuminados, também conhecidos como verrugas, “crista de galo”, “figueira” ou “cavalo de crista”. Estas lesões podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou papulosas (elevadas e sólidas);
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Prurido ou coceira;
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Desconforto anal;
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Sangramento anal.
Vale ressaltar que acometem principalmente a vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis, região pubiana.
Menos frequentemente, estão presentes em áreas extragenitais como conjuntivas, mucosa nasal, oral e faríngea.
O tratamento das verrugas anogenitais deve ser individualizado e está indicado principalmente para o alívio dos sintomas.
Seu objetivo é a destruição das lesões mas ele não afeta o risco de transmissão do HPV.
Independente da realização do tratamento, as verrugas podem desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número ou volume.
Existem diversas modalidades de tratamento, incluindo medicações tópicas e métodos de retirada dos mesmos. Cada método deve ser definido de acordo com o número de lesões, localização e condição clínica do paciente.
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Podofilina: medicação tópica mais utilizada. Deve ser aplicada semanalmente. Não deve ser utilizada em mucosas ou em gestantes;
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Ácido tricloroacético (ATA): Agente muito cáustico. Pode ser utilizado em mucosas e gestantes. Uso semanal;
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5 – fluoracil (5-FU): medicação quimioterápica, sem grandes benefícios com relação aos demais. Pouco utilizado atualmente.
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Interferons (IFN): possuí propriedades antivirais e é aplicado 3 vezes na semana, totalizando 9 injeções;
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Medicações imunomoduladoras (Imiquimode): Aplicação 3 vezes na semana, por 8 a 16 semanas. Estimulam a resposta imune, ativando o sistema imune, eliminando ou reduzindo as lesões e diminuindo as taxas de recidiva.
Com relação aos métodos cirúrgicos, a retirada da lesão pelo coloproctologista pode ser feita de diversas formas como em centro cirúrgico com eletrocautério, cauterização a laser e crioterapia (gelo seco).
HPV tem cura? Essa é uma pergunta muito frequente, cerca de 80 – 90% da população apresenta um sistema imunológico capaz de destruir o vírus do HPV e eliminá-lo espontaneamente.
A maior parte das pessoas apresenta um sistema imunológico capaz de destruir o vírus do HPV e eliminá-lo espontaneamente. Isto ocorre após cerca de 1 a 2 anos do quadro de infecção inicial.
Para os indivíduos que não o realizam naturalmente, existem diversas formas de tratamento e acompanhamento.
Algumas pessoas apresentam infecção por subtipos oncogênicos de HPV, ou seja, tipos de HPV que modificam as células do organismo fazendo com que elas se proliferem de forma indiscriminada e ser tornem câncer.
Dessa forma, é importante o acompanhamento para detecção de lesões precursoras, que se não identificadas e tratadas podem progredir para câncer de colo de útero, vagina, pênis, ânus, orofaringe e boca.
A principal via de transmissão do HPV é sexual, que incluí o contato genital-genital, genital-oral e manual-genital.
Entretanto a transmissão do vírus se dá por contato com a pele ou a mucosa infectados podendo assim, ocorrer transmissão durante o parto ou pelo compartilhamento de objetos.
Sim! Vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz para prevenir a infecção.
Duas vacinas estão disponíveis atualmente:
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Bivalente, que protege contra os sorotipos 16 e 18
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Quadrivalente, que protege contra os sorotipos 6, 11, 16 e 18.
Sua administração deve ocorrer antes do indivíduo iniciar a vida sexual e ela é ofertada pelo SUS para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; pessoas com HIV de 9 a 26 anos; pessoas transplantadas de 9 a 26 anos e mulheres imunossuprimidas de 9 a 45 anos.